Hoje, dia 12 de junho, comemora-se o Dia dos Namorados no Brasil, data em que o sistema encontrou para fazer com que o amor fosse também algo rentável aos negócios, mas fato é que ninguém sai ileso de tudo isso que chamam de vida sem antes experimentarmos esse sentimento que é explorado há séculos por escritores, poetas, filósofos, entre outros estudiosos do homem e de seus sentimentos.
Correspondido ou não, o amor acontece para todo mundo, cedo ou tarde. Ninguém e explica o “quando não é para ser” ou aquele que dá certo como nos livros de romance. O amor pode ser água, chuva, mares e tempestades, mas também pode ser o nosso deserto, como escreveu a poeta brasileira Hilda Hilst. Quando é chuva, nos transfiguramos em favor do nosso amado/a, sem abrirmos mão do amor que nós temos pela gente mesmo, só transborda quem é completo. Ajusta-se ali, cede mais um pouquinho aqui, nos ajustamos para ser conforto para quem amamos. Quando é deserto, o coração se parte em vários fragmentos, como se água ficasse a um dedo da nossa boca e todo o deserto a volta nos segurasse, escreve Hilda.
Um livro repleto de palavras bonitas não é nada comparado a um abraço apertado, a um beijo, ou um “eu te amo” vindo da boca do êxtase de nossa paixão. Shakespeare escreve que o amor é dos suspiros a fumaça; puro, é fogo que os olhos ameaça; revolto, um mar de lágrimas de amantes... Que mais será? Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada. Que a vida de quem ama seja mais poesia, mais amor verdadeiro, mais leveza; que amemos e sejamos amados, que os abraços possam nos fazer sentir voando como nos asas de um pássaro. Que sejamos mares e oceanos, céu e constelação, ou como diria a poeta Florbela Espanca, que sejamos via láctea fechando o infinito.
Abaixo eu deixo para leitura dois poemas autorais, “um vasto mundo de paixão”, que fala sobre desilusão amorosa e “de um coração em chamas”, que escrevo sobre estar apaixonado. Boa leitura!
- um vasto mundo de paixão
Da escuridão de um lodo negro
atravessado sobre meu peito
Respingando a ardência
da longa ausência da
distância a mais em
que eu ficava longe de ti
assombrado por eu ter
o visto partir
Eu me refazia em memórias
dos momentos eternos
que ainda vibram em mim
Como tu mesmo me fez
acreditar que em ti havia
espaço para o meu universo
exaltado de amor
Mas de forma súbita o encanto
se rompeu deixando um
estalo de destruição no
mundo onde o verbo amar
é conjugado na primeira
pessoa da minha singular
filosofia que transcende
qualquer definição de amor
o sentimento de uma ação
que agora se expande no infinito
e segue em reconstrução
nascendo maior e mais intenso
para amar mais uma vez
a beleza de outro ser em
todos os seus momentos.
- de um coração em chamas
Nas horas imortais o amor
me atravessa subitamente
irrompendo na clareza do
tempo para que eu veja a
beleza da tua face sobre
o mundo resplandecendo
Na imensidão do teu sorriso
me perco nas formas tão
intensas de um extenso
deslumbramento que é
poder sentir e ver teus
traços naturais de um
infinito encantamento
Que nasce de dentro de ti
e vira poema nesses versos
que escrevo sob uma noite
fria e também serena
É tão real o mergulho na
tua profundeza que paraliso
diante de ti em visceral sentimento
deixando meu amor bem quentinho
e brilhando junto às estrelas
Como um olhar extasiado
em paixão que incendeia o
coração que pulsa, vibra e lateja.
Por: Vinícius Bellchior Bruce - Graduado em Comunicação Social – Jornalismo, pela Universidade Federal do Amazonas – Campus Parintins.
Vinícius Bellchior - Equipe Jornalismo Parintins
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