Estamos há mais de 100 dias e a nova administração pública municipal ainda não desceu do palanque, e “arregaçou as mangas” para trabalhar em prol da população parintinense. Podemos observar que os problemas só crescem.
Prioridades como medicamentos que devem ser disponibilizados para a população encontram-se em falta. Os atendimentos mostrados na página da prefeitura não condizem com a realidade, pois o que a gente observa é a indignação das pessoas que aguardam ansiosas pelo serviço de atenção básica de saúde. Falta de profissionais que possam atender a demanda da população também continua sendo um problema, mas o que se propaga pela assessoria do executivo municipal, é que Parintins é referência na saúde do Baixo Amazonas.
A cidade literalmente caindo aos pedaços, a obra do muro de arrimo se arrasta há anos. Isso porque temos um prefeito formado em engenharia civil, foi vereador e secretário de obras, por anos. Experiência é o que não lhe falta.
A educação sendo deixada de lado, com baixos salários e falta de contratação de profissionais para atuarem na área. O concurso público é deixado de lado, como forma de amarrar as pessoas e garantir cabresto nas eleições. Atrelado a isso temos uma folha de pagamento lotada, e na maioria das vezes com desvio de função. A valorização profissional tem sido deixada de lado, isso segue a cartilha da gestão anterior. Ao lermos o plano de governo e vendo a realidade, entendemos o que a atual administração quis dizer quando usou o termo “continuar avançando”, daí então percebemos que a cartilha está sendo seguida.
Até agora só o que avançou foi o muro de arrimo caindo aos pedaços, na frente da cidade e os contratos adquiridos pelo decreto emergencial.
Uma cidade como a nossa, reconhecida como a Capital Nacional do Folclore, não tem sequer um secretário que responda pela pasta da Cultura. Será que mesmo tendo o Curso de Artes Visuais, no Campus da Ufam em Parintins e artistas renomados, não é o suficiente para escolher um secretário para assumir a pasta? Por aí, a gente já imagina quais são os critérios para a escolha. E os problemas não param por aí.
Parintins não possui um plano de mobilidade urbana, o que dificulta muito a questão dos acessos a vias públicas tanto no dia a dia do parintinense e principalmente no período do Festival. Mas pelo visto isso não preocupa a atual administração porque até o momento, nada foi apresentado para resolver essa problemática.
Nesses primeiros 100 dias, observamos uma administração marcada pelo Nepotismo. O compromisso com o povo sendo deixado de lado e as promessas de campanha, foram empurradas pra baixo do tapete. Prometeram mais empregos do que a prefeitura é capaz de suportar. Na tentativa de calar alguns, oferecem o mínimo possível. Um verdadeiro desrespeito com os profissionais que na maioria das vezes não recebem nem o piso salarial de sua profissão. Cadê a geração de emprego e renda?
Quando você anda pela cidade, o que não faltam são problemas para serem elencados. Não é somente o cemitério municipal que está superlotado, nossa cidade apresenta um verdadeiro cemitério de obras inacabadas. Isso não é somente na zona urbana. Na zona rural está do mesmo jeito. Existem localidades que até chegaram a levar o material de construção no período eleitoral, mas até o momento as obras encontram-se paralisadas e os alunos estão sendo obrigados a estudarem em locais inapropriados.
Outro problema grave é da água contaminada. Quando os atuais gestores da nossa cidade ainda eram vereadores, tornaram-se presidente e relator da CPI da água, comissão criada com o propósito de apurar e encontrar soluções para resolver a problemática. O mandato acabou e pelo visto a vontade e o compromisso com a população também, pois até o momento, nem sequer uma satisfação foi dada para os munícipes. A maioria do povo parintinense consome água contaminada e a conta chega em suas casas todos os meses.
Quanto aos problemas ambientais, não podemos deixar passar despercebido a lixeira pública, até porque muito dinheiro já foi destinado na tentativa de resolver o problema, pelo visto, foi enterrado junto com a montanha de lixo que está lá. Até o momento, a única providência tomada, foi a instalação de uma guarita para impedir a entrada da imprensa no local. Lembramos também das invasões nas propriedades particulares e principalmente nas Áreas de Preservação Permanente. É do nosso conhecimento que é proibido por Lei, mas aqui em Parintins é quase normal e o poder público municipal finge que não vê.
Por: Raaby Cativo/Jornalista formada pela UFAM/Parintins
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