O assunto mais comentado nessa quarta-feira (12) na ilha de Parintins foi a informação de que cerca de 8 vereadores da base do atual prefeito da cidade, Mateus Assayag (PSD), teriam pulado fora da gestão à deriva, morna e sem rosto de Assayag. Porém, após a notícia ganhar repercussão, tais vereadores correram para as redes sociais e divulgaram nota, para afirmarem que a informação não procede. Mandou quem pode e obedeceu quem tem juízo. Ordem de Manaus.
O avesso do líder
Mais claro quanto a luz do dia, é a insatisfação geral na base de Mateus com esse que deveria ser o líder político da sua tropa. Lembra do avesso do líder? Pois é. A principal reclamação dos parlamentares é o não cumprimento de acordos firmados por parte de Assayag. O mais exaltado com o atual prefeito é o ex-presidente da Câmara, Alex Garcia, do mesmo partido de Mateus.
“Playboy disfarçado”
Pelas redes sociais, Garcia afirmou que é “vereador do povo, não de base”, e completou, “não estou aqui para ser um aliado cego de quem está no poder”. Em publicação nos status do WhatsApp, Alex foi além e mandou possíveis indiretas para Mateus.
“Vou mostrar pra vocês quem é esse rapaz. Eu não tenho medo de ti seu playboy disfarçado, vou mostrar quem tu és de verdade”, escreveu Alex.
Dos 13 vereadores da Câmara de Parintins, 10 são da base de Mateus e apenas 3 são de oposição. O trio é formado por Babá Tupinambá (PP), Márcia Baranda (União Brasil) e Marcus Cursino, também do União.
Deu ruim!
Iniciando com o pé esquerdo, quando perdeu a vice-presidência da Câmara para a oposição, a articulação política frágil de Assayag parece não corresponder a experiência que ele tem na vida pública, foram 16 anos como vereador na Casa Legislativa parintinense, alguns dedicados a secretaria de obras do seu padrinho político, Bi Garcia (PSD).
Tic-tac
Durante a campanha política de outubro passado, Mateus teria feito promessas que agora vem se mostrando disposto a não cumprir, mas, as declarações de Alex Garcia evidenciam que a conta está ficando cara e o bisturi dos cobradores é bem afiado. Tem eleição ano que vem. Está chegando a hora de gente até de Brasília exigir o que foi combinado. Os sinais estão bem claros na ilha. O recado foi dado.
Para a gestão insípida de Assayag ao menos conseguir chegar no final, ele teria que espertar-se antes de passar do ponto do irremediável. O sininho da (des)articulação política está transformando-se na trombeta do apocalipse. Acorda, Mateus!
Até a próxima!
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