Em 29 dias de mandato frente à Prefeitura de Parintins, o prefeito Mateus Assayag (PSD) já mostrou ser o avesso do seu padrinho político, o ex-prefeito Bi Garcia (PSD). Em menos de um mês, o gestor municipal vem se indispondo com a própria base eleitoral ao tirar servidores de cargos importantes para abrigar aliados mais próximos.
Perseguição política?
De acordo com informações apuradas por este site, cargos em algumas secretarias foram esvaziados de antigos aliados de Bi Garcia para aconchegar funcionários/amigos do atual prefeito e de vereadores da base. Segundo relatos, até servidores que votaram em Mateus estão sendo desligados de secretarias municipais por razões até então desconhecidas. Ou nem tanto. As chances de tais funcionários votarem no grupo político novamente foram eliminadas.
A Arte da Guerra às avessas
Um ex-apoiador confidenciou ao site que Mateus Assayag vem mexendo nas peças políticas erradas. “Se ele continuar assim quem vai levar o xeque-mate dessa vez é ele próprio. Vai ser prefeito de um só mandato”, comentou. Os 16 anos em que Mateus foi vereador na Câmara Municipal parecem não ter servidos para muita coisa.
Bi Garcia era o prefeito do diálogo e sabia transformar adversários em aliados, Mateus Assayag é o avesso, transforma em adversários os aliados de ontem. Desse xadrez político não é muito difícil saber quem irá sair perdedor. Bi poderia ser chamado de tudo, menos de burro.
Os amigos do rei
Nomeado subsecretário de administração do município, o irmão da vice-prefeita, Vanessa Gonçalves (MDB) agora terá mais motivos para dizer em sua rádio que Parintins precisa continuar avançando. Os rendimentos mensais farão jus aos elogios exacerbados e fora do comum na programação do veículo de comunicação, em relação à atual gestão municipal.
Sobre corda bamba
Mateus tem enfrentado fortes críticas pelo seu decreto de emergência administrativa mal explicado. Segundo o documento, a medida foi embasada no levantamento das “demandas emergenciais e necessárias” feito pelas secretarias municipais ao regular funcionamento dos respectivos órgãos, com vistas a assegurar a continuidade dos serviços públicos essenciais.
Porém, grande parte da população ainda não engoliu as tentativas fracassadas de explicação do prefeito. A ex-vereadora Brena Dianná (União Brasil) gravou um vídeo - que foi um tiro de canhão no frágil governo de Assayag - em que critica duramente a ausência de motivos mais claros que justifique tal decreto.
A inabilidade de Mateus, em menos de um mês de gestão, coloca em xeque se realmente ele estava preparado para estar à frente de um município tão importante como Parintins. Minar o apoio a ele na própria base deve gerar consequências irreversíveis. Bi Garcia deve pensar bem num remendo político de última hora da próxima vez.
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