Neste fim semana, estive em minha terra natal, a comunidade de Vila Amazônia, interior de Parintins - a esquecida pela atual gestão municipal e lembrada somente em épocas eleitorais para virar palco de propaganda política pura. A desculpa de que a localidade é de responsabilidade do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), parece não funcionar em período de eleição.
Antes de dar continuidade, peço licença aos súditos do rei pela ousadia de escrever algumas palavras que possam desagradá-lo. Obrigado! Ah! Só lembrando que o fanatismo político - ou qualquer outro - é inimigo da inteligência humana.
Parece que 8 anos não foram suficientes, é preciso de mais 8, mais 8 e mais 8 pra Parintins "continuar avançando". Um avanço fantasma - ou não tão fantasma assim porque só um pequeno grupo avança em Parintins. Os puxa-sacos (aqueles inimigos da inteligência) ficam apenas com migalhas e se gabam por isso. Vivem em condições sub-humanas. Mas isso é outro assunto.
Blindagem
A Parintins dos avanços rasteja para que um problema básico seja resolvido, se não fizer parte da panelinha - ou se não aceitar fazer parte dela, fica sem nada, isso quando não é perseguido de inúmeras formas. A soberba, a arrogância e a prepotência impera no grupelho que não gosta de concurso público, de imprensa livre, das pesquisas científicas sobre a água contaminada e da própria população parintinense. Porque quando ela questiona, não é ouvida. Posto que nos meios de comunicação a ilha é encantada e qualquer questionamento é de alguém "comprado" pela oposição. É mais fácil rotular, ė a fuga da incompetência e do autoritarismo. Aplicam nos outros o modus operandi usado por eles mesmos.
A população quer infraestrutura básica, emprego digno, saúde e educação de qualidade. E claro! Democracia.
Voltando a Vila (a menina dos olhos)
Sem estar na lista de prioridades da gestão dos avanços, e falo da área urbana da Vila Amazônia, porque estrada a dentro é bem pior, a comunidade que era "a menina dos olhos" de um deputado que chegou a Brasília na última eleição e esqueceu também de voltar para ao menos agradecer os votos, ficou entregue a própria sorte. A rua principal da comunidade já denunciava que os avanços só chegam para alguns. A falta de infraestrutura era nítida, e a população tinha que transitar como podia, porque a vida do homem comum nunca pode parar.
Agora, a poucos meses da eleição municipal que vai definir a gestão que irá comandar o município entre 2025-2028, lembraram que os moradores da Vila também votam, e preciso mostrar serviço, a famosa "miguelagem" - torço para que não seja somente isso. Homens e máquinas trabalham pela chegada do asfaltamento. Limpam daqui, puxam para ali, mas concentram-se apenas no centro da comunidade, onde dá para ver e a foto fica melhor. O restante continua a própria sorte.
Aviso!
Antes que os sanguessugas de plantão liberem o puxa-saquismo tóxico contra o site jornalístico, há 1 ano o JORNALISMO PARINTINS produziu uma reportagem abordando a precariedade da infraestrutura da área urbana da Vila Amazônia. Na época, moradores realizaram uma manifestação com um bolo de lama com as imagens da deputada Mayra Dias (Avante), do prefeito Bi Garcia (PSD) e do senador Eduardo Braga (MBD). Vale a pena ver de novo.
Foto: Reprodução/Internet
Boca de forno
Parintins e zona rural têm na eleição deste ano os representantes do avanço que não pode parar, um deles nega a água contaminada, e os dois fazem parte do grupo que vota contra os próprios projetos na Casa que deveria ser do povo. A coerência e a lucidez passam longe. Politicamente, não representam ninguém minimamente sério.
Alvo de pesquisa científica
Numa eleição municipal marcada por violência política de gênero, machismo e misoginia, o assunto deve tornar-se temas de pesquisas científicas no município. Além disso, fakes news também devem entrar no âmbito de investigações.
Um adendo
O nosso grande escritor Ariano Suassuna já dizia o seguinte, "o fanatismo e a inteligência nunca moram na mesma casa". Destaco aqui a reflexão sobre o fanatismo político, que veda os olhos, elimina a inteligência e em alguns casos - causa delírios de grandeza.
*Bônus: Diferente de muitos textos "jornalísticos" por aí, o meu não é escrito por muitas mãos para tornar-se algo minimamente relevante de se ler. Eu só preciso do bloco de notas do meu celular e um ambiente tranquilo para digitar o que a minha consciência ditar.
Até a próxima!
Por: Vinícius Bellchior Bruce - Graduado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) - Campus Parintins.
Vinícius Bellchior - Equipe JORNALISMO PARINTINS
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