O Jornalismo Parintins realizou entre os dias 30 e 31 de março uma enquete para saber a opinião de nossos leitores a respeito do nível de aprovação dos 13 vereadores da atual composição da Câmara Municipal de Parintins nesses primeiros meses de 2023. A enquete recebeu mais de 25 mil votos nas 24 horas em que esteve no ar. O internauta poderia votar mais de uma vez, o que também mostraria o engajamento do eleitor com determinado parlamentar.
Como resultado, o vereador Massilon Cursino (REPUBLICANOS) liderou o nível de aprovação popular com 21,3% dos votos dos internautas, recebendo 5.330 votos, em seguida, a vereadora Brena Dianná (UNIÃO BRASIL) ficou com 16,13%, com 4.036 votos, em terceiro, vem o vereador Alex Garcia, com 11,46%, recebendo 2.868 votos. Veja aqui o resultado completo.
Para comentar sobre o resultado da enquete, o Jornalismo Parintins entrevistou o vereador campeão de aprovação na enquete, Massilon Cursino, além de responder nossas perguntas relacionadas a sua atuação na Câmara, o motivo de não disputar reeleição, problemas da cidade e do interior e uma possível candidatura a prefeito.
Confira a entrevista:
Jornalismo Parintins: O que o senhor tem a dizer a respeito do resultado da enquete do site Jornalismo Parintins - que teve mais de 25 mil votos, em que o senhor obteve 21,3% dos votos dos internautas, para ser mais exato, foram 5.330 votos só para o senhor, tornando-se o campeão de aprovação popular na enquete.
Massilon Cursino: É o mesmo resultado da última eleição, de estar na frente. Que bom que ele se mantem. Fiquei feliz porque tenho um grupo de pessoas leais que acompanham o meu trabalho e se manifestaram por meio dessa enquete. Fiquei muito surpreso quando vi o grande número de participação, isso é um bom sinal. Há quem vá questionar, mas há pouco tempo circulou uma pesquisa de intenção de votos para a eleição do ano que vem, feita por telefone, na qual meu nome não estava incluído, pelo menos nessa de agora incluíram o meu nome para ser avaliado.
Jornalismo Parintins: Ao seu ver, por que o povo de Parintins confia no seu trabalho?
Massilon Cursino: Eu acredito que a marca que ficou foi justamente a minha marca como servidor público, na Secretaria da Fazenda (SEFAZ), onde durante 20 anos ocupei o cargo de exator de renda e chefe da agência aqui em Parintins, na minha atividade também como professor, do CETAM (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas) e de algumas universidades. Que bom que eu passo confiança e credibilidade para os eleitores.
Na campanha de 2020 em que nós fomos eleitos, nós fizemos uma campanha pé no chão e modesta. Mesmo assim, o material de campanha foi muito usado. Para se ter uma ideia, eu consegui adesivar mais de 75 carros. Ninguém dá um vidro de um carro, ou então o tanque de uma moto para adesivar, se não tiver credibilidade e gostar do candidato. Que bom que isso demonstra que a gente tem uma certa credibilidade e uma empatia com o povo.
Jornalismo Parintins: Por que ser candidato a prefeito de Parintins?
Massilon Cursino: Está em aberto. Qualquer cidadão pode ser candidato a prefeito de Parintins. O regime democrático é lindo e bonito por conta disso, porque qualquer pessoa pode concorrer. Se preencher o requisito da maioridade e de ter as certidões, pode colocar seu nome a avaliação. No último pleito eu fui o mais votado, eu acredito que eu tenha feito um bom trabalho na Câmara, tenho me esforçado para fazer um bom trabalho. O grupo político que eu faço parte, no caso o do governador Wilson Lima, ele foi reeleito, o deputado federal Saullo Vianna também. Tenho uma família que está envolvida na política e já concorreram.
Se você analisar as últimas 5 eleições, a minha família fez parte disputando o cargo majoritário. No caso, os dois primeiros anos do mandato do prefeito Bi Garcia, o meu irmão Messias Cursino compôs a chapa majoritária como vice-prefeito. Depois o Messias foi candidato a prefeito e perdeu por apenas meio por cento para o prefeito eleito na época, em seguida, o Tony Medeiros também foi por dois mandatos como vice-prefeito. Então nós estamos aí nessa órbita a cinco eleições, então me acho credenciado. Tem pessoas que tiveram bem menos votos do que eu – que eu não vejo tanta relevância - na eleição passada e estão lançando os seus nomes, então eu acredito que eu posso.
Muitos amigos também pedem que eu lance o meu nome, então não custa nada. O processo democrático como eu falei é belo porque você pode colocar o seu nome para ser avaliado. Então em vista disso, eu posso ser candidato – não estou dizendo que serei. Se o meu grupo político capitaneado pelo governador Wilson Lima, pelo deputado Saullo Vianna, pelo ex-deputado estadual Tony Medeiros e o povo acharem que eu deva ser candidato, eu posso ser. Ninguém é candidato de si próprio, tem que ter uma base. Então procuro me manter junto a essa base a fim de que ela defina e opte pelo meu nome.
Jornalismo Parintins: Quais são as principais demandas que a população leva até você, como parlamentar?
Massilon Cursino: Quando eu fui eleito vereador eu prometi que eu queria apenas um mandato, mas queria fazer muito bem feito. O que eu vejo quando a gente vai pedir votos e chega no eleitor e diz que quer representar aquele eleitor, a gente pede para representar o povo, o eleitor – até porque a palavra mandato, significa procuração - eu quero ser o teu procurador. Não pode toda a sociedade, então faz-se um crivo de quem vai ser. Então quando chega lá (na Câmara Municipal) cria-se aquela ideia de representar o prefeito, então eu quis fazer um mandato que na hora de aprovar o que acho certo e correto, eu vou aprovar, na hora de ser contra, eu tenho que me manifestar contrário e justificar o porquê, eu sou contra e me justifico. Então a população tem demandado muito que eu seja a porta voz dela, muito embora a gente pague o preço.
Eu tenho proximidade e amizade com alguns empresários de Parintins, até mesmo pela minha atividade como funcionário de um órgão fazendário, e eu tive que comprar briga com alguns empresários para denunciar o problema do aumento exorbitante do preço do combustível, mas eu tive coragem. Quando eu fui eleito eu não fui eleito para representar o empresário, fui eleito para representar o povo e o empresário é uma parte do povo. Se a maioria do povo estava sendo afetada eu tinha que me manifestar.
Briguei pela nova COSIP (Contribuição de Serviço de Iluminação Pública), pela nova taxa de iluminação pública porque a de Parintins está muito alta. Então é uma manifestação em nome do povo. Briguei pelo curso de Direito na UEA (Universidade do Estado do Amazonas) e consegui uma nova turma. Briguei pela retirada de circulação de animais de grande porte do perímetro urbano. Lutamos e fomos até o CETAM buscar o curso de Petróleo e Gás pra Parintins. Então isso tudo foram conquistas que como representante do povo, como procurador do povo, detentor de um mandato dado pelo povo, eu tenho me esforçado para responder a contento, a confiança depositada em mim através do voto.
Jornalismo Parintins: Perfil e formação profissional - Comente um pouco mais sobre a sua formação acadêmica.
Massilon Cursino: Tenho 52 anos, sou casado há 24 anos com a minha esposa, Zâmia Picanço, que é mãe dos meus três filhos. Sou graduado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), na época se chamava UA (Universidade do Amazonas), em Ciências Econômicas, depois estudei Ciências Contábeis também pela UFAM, não cheguei a concluir o curso mas faltou apenas o trabalho de conclusão. Mais tarde, eu me formei em Direito pela UEA – os três cursos que eu estudei foram em universidades públicas. Eu sou especialista em gestão pública pela Faculdade da Serra do Espírito Santo. Sou especialista em Direito Público com ênfase em Direito Tributário - que é uma área que eu atuo há bastante tempo – pela Faculdade Anhanguera, pelo sistema LFG - Luiz Flávio Gomes.
Durante muito tempo trabalhei como professor no CETAM, ministrando as disciplinas Economia e Mercado, Contabilidade Orçamentária e Pública e Direito Tributário. Hoje estou dando aula na FAMETRO (Faculdade Metropolitana), para os curso de Administração e em breve para o curso de Direito. Sou funcionário concursado da Secretaria da Fazenda, no cargo de Analista Tributário, há 33 anos. Durante esse tempo eu ocupei alguns outros cargos dentro da SEFAZ. Eu fui gerente de IPVA, que é um setor grande e tem uma arrecadação na ordem de quase R$50 milhões por mês no Estado. Fui durante 20 anos chefe da agência da SEFAZ em Parintins e continuo na ativa porque há compatibilidade de horário, faço questão de continuar trabalhando.
Jornalismo Parintins: Na sua visão de vereador e também como cidadão parintinense, quais são os principais problemas que Parintins necessita resolver urgentemente, o senhor pode citar alguns?
Massilon Cursino: No meu entendimento, nós temos um problema muito grave de saneamento básico na cidade. Nós que vivemos aqui já nos acostumamos a ver a área que a gente chama de meio-fio, acabarem se transformando em esgoto a céu aberto. É um problema que nós temos que resolver. Você vê que em pleno sol nós temos essa água corrente, isso aí é problema de saneamento. Nós temos que ver essas questões.
Parintins urge que haja um programa verdadeiro de geração de emprego e renda. Pela minha formação em Economia, eu tenho em mente um trabalho que a gente possa fomentar a economia do município. Nós temos aqui uma economia sazonal, que espera muito pelo festival folclórico. Parintins tem um potencial muito grande para se tornar também uma cidade universitária. Isso vai aquecer o mercado desde a quitinete, ao aluguel, ao supermercado, as passagens, do transporte local, tudo vai ter uma melhoria em função disso. Nós temos um potencial em vários seguimentos.
Eu costumo dizer, por exemplo, que os Ramais, seria uma coisa que eu investiria no melhoramento desses Ramais, porque você faz o melhoramento de um Ramal – só para citar um exemplo – certamente quem mora naquele ramal vai procurar melhorar a casa que ele tem naquele ramal. Então ele vai construir uma casa, vai gerar renda para o proprietário de empresa, loja ou comércio de materiais de construção, vai gerar serviço para o pedreiro, para o ajudante de pedreiro e para o caseiro. São coisas que você pode numa pequena mexida fazer aquecer a economia como um todo, para que não fique algo isolado, vivendo uma ilha econômica – como chamamos na economia – faz uma atividade que não irradia e quando irradia ás vezes é para fora, como muitas empresas que vêm de fora e vem aqui só angariar aquele recurso e levam para ser investido em outro local. O dinheiro tem que ficar aqui mesmo, circular aqui mesmo.
Jornalismo Parintins: O senhor pretende cumprir a promessa de não disputar reeleição na Câmara. Por que não seguir como vereador?
Massilon Cursino: Eu penso o seguinte: um mandato de vereador, quatro anos... acredito ter dado uma grande contribuição. Quando eu vejo, todo ano, nós debatermos o orçamento, coisa que não havia, buscando e chamando as instituições para o debate do orçamento e questionando valores de orçamento. Quando a gente vê, uma luta da Câmara, buscando não apenas esperar pelo prefeito para que ele corra atrás de recursos, eu vejo que ali eu já dei a minha contribuição. Quatro anos é um bom tempo para contribuir. Eu sempre fui contrário à reeleição, eu penso que política não é profissão. Quem quiser fazer da política um mandato, dois mandatos, que faça, mas é a minha opinião.
Então quatro anos para mim são suficientes para deixar a minha marca, certamente estará lá (na Câmara) a minha marca e a minha contribuição como cidadão de Parintins. Vejo que tem que dar a oportunidade para muita gente boa que tem aí, tem uma juventude muito boa. Eu dou aula na universidade e vejo pessoas qualificadas. Eu espero que essa turma também acredite que pode entrar na vida pública.
Quando eu lancei meu nome para candidato a vereador já com 50 anos de idade, teve quem questionasse que eu não precisava ser vereador, como se ser candidato a vereador fosse para quem precise e não é, para mim é o inverso, é justamente para quem não precisa porque aquilo ali não é profissão. Então os 4 anos são suficientes para eu fazer minha parte e dar a minha colaboração.
Jornalismo Parintins: O que você já conseguiu na Câmara de Parintins, como parlamentar, nesses quase 3 anos de mandato, de benefício para a população de Parintins?
Massilon Cursino: São muitas coisas. Ainda pouco eu enumerei algumas. Eu fico feliz quando eu vejo coisas que aparentemente eram sonhos e se tornaram realidade. Por exemplo, a FUNATI (Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade), a minha parte eu fiz, se ela não está funcionando aqui, foi porque faltou ampliar o convênio com o Governo do Estado. É algo importante, já imaginou? A gente tem um sonho de ver uma universidade para as pessoas da terceira idade. Luta, corre atrás, vai atrás do Governo do Estado, vai atrás do reitor da FUNATI e ver acontecer pelo menos o lançamento, foi algo que marcou muito, foi uma conquista.
Quando eu vejo diminuir a quantidade de animais de grande porte no perímetro urbano, também a gente vê o quanto é importante aquela conquista. Volto a dizer: o curso de Gás e Petróleo, em Parintins, que é um sonho que pode se tornar algo importante para o futuro. Porque já houve prospecção aqui e confirmou que nós temos reservas de gás natural e petróleo no subsolo de Parintins. Então nós já estamos preparando as pessoas para esse momento de quando houver essa matriz econômica também na cidade. Temos muitas outras conquistas, da pequena a grande. Outro dia eu vi algo pequeno mas que foi de grande importância para o povo da Vila Cristina, que foram as paradas de ônibus.
Nós ajudamos a fazer o grande Festival do Mocambo, através de emendas junto ao então deputado Tony Medeiros na ordem de R$ 200 mil. O porto do Mocambo foi uma busca nossa junto ao governador e hoje é uma realidade. Para o Hospital Padre Colombo, eu pedi uma emenda do deputado Tony Medeiros na ordem de R$ 1 milhão e meio para reabrir o hospital. Então eu vejo que foram muitas conquistas.
Jornalismo Parintins: Demandas do interior e dos bairros mais afastados do centro de Parintins - Percebemos que atual administração municipal pouco faz para a comunidade da Vila Amazônia, precária em infraestrutura, por exemplo. Por que esse público é pouco atendido pela maioria dos políticos de nossa cidade? Sendo eles, também eleitores e cidadãos.
Massilon Cursino: Para mim, tudo parte do orçamento. Quando eu vejo um orçamento de uma cidade, eu já tenho ideia de como ela funciona. Nós temos um orçamento que parece mais um orçamento de uma monarquia, onde o valor maior, na ordem de quase R$ 13 milhões, é para o gabinete do prefeito. E aí a zona rural com 200 e poucas comunidades tem no orçamento, nas despesas fixadas, na ordem de pouco mais de R$ 5 milhões, então por aí você tem ideia de que essas pessoas que mais precisam estão sendo menos favorecidas.
Da mesma forma, as pessoas que moram nas periferias. Na cabeça do político ela é uma massa vulnerável, uma massa de véspera – é o termo que se usa – eles (os políticos) vão chegar na véspera e vão conseguir (votos). Então tem que mudar essa mentalidade, tem que ser feito um trabalho de base com esse povo. Até porque é lá que está a maioria da população, eles que mais sentem na pele os problemas, como a falta de remédios nos postos de Saúde. Nós que estamos no centro da cidade, grande parte pode ir no particular mas quem está na periferia, a maior parte, usa a Unidade Básica de Saúde, e quem está nas comunidades rurais usa os Postos de Saúde.
Eu visitei comunidades que não tinha uma dipirona para dor de cabeça. Estão fazendo um trabalho de acomodar ali um técnico de enfermagem, para acomodar um agente comunitário de Saúde ou um agente de combate de endemias – que é um projeto federal – e somente. Então nós devemos ter a visão de que quem mais precisa tem que ter o maior apoio.
Não é o gabinete do prefeito que tem que ter o maior recurso, mas sim a agricultura, onde está 40% da população de Parintins que é no campo, é a comunidade da periferia, onde está o grande problema e nós podemos mudar muita coisa. Ainda bem que agora houve uma política fundiária do Governo do Estado que indenizou os proprietários dos terrenos da ocupação Pascal Alaggio.
Um problema muito grave que nós temos em Parintins, é a quantidade numerosa de loteamentos irregulares, porque, entenda comigo: um loteamento tem que cumprir as regras da Lei 6766, que é a Lei do Parcelamento Solo Urbano. O que ocorre na prática: o dono divide o terreno dele, chama um topógrafo, faz as ruas, divide os lotes e vende, quando a lei diz que o dono do loteamento tem que entregar aquilo ali com urbanização – pelo menos o básico – com a canalização de águas pluviais da chuva, drenagem, posteamento e o arruamento, mas ninguém faz. E a prefeitura também fecha os olhos, o poder público fecha os olhos, e aí muitas vezes nem transformam em bairros e a população que esperou o sonho de comprar o seu terreno para construir a sua moradia fica desamparada, essas pessoas que vendem esses lotes não são punidas, não respondem por nada.
E as pessoas vão atrás do Poder Público para fazer as melhorias e ele não pode fazer porque não pode investir dinheiro público numa área que é particular, enquanto não encerrar o loteamento aquela área é particular. Quem é o gestor que vai querer investir dinheiro público em área particular e depois ter problemas com o Tribunal de Contas? Então esse é um dos grandes problemas de Parintins.
Então nós vemos aqui muitas pessoas vivendo mal em loteamentos, reclamando que a rua realmente está feia, mas não vai cobrar de quem deve ser cobrado que é o dono do loteamento. Então no meu entendimento, Parintins deveria ter um setor específico para acompanhar os loteamentos, ligado diretamente com a Procuradoria do Município, para haver fiscalização se há o cumprimento da Lei do Parcelamento Solo Urbano, e no caso do não cumprimento, que ela encaminhe aos órgãos competentes, ao Ministério Público Federal - já que é uma lei federal – ao Judiciário, para fazer com que cumpram e essas pessoas não fiquem desassistidas, porque elas compraram e elas vão atrás do Poder Público, e o Poder Público não pode investir, e cria-se um grande problema, e até vereador “apanha” nessa história sem ter culpa, e quem tem realmente culpa fica de lado, que é o dono do loteamento, que vendeu o lote sem dar estrutura nenhuma.
Jornalismo Parintins: Como o trabalho que você realiza na SEFAZ contribuiu para o seu mandato de vereador?
Massilon Cursino: A Secretaria da Fazenda é um órgão arrecadador, você não pode imaginar administrar nada se não houver receita, e nós somos um órgão, na jurisdição do Estado, encarregado de carrear as receitas públicas ao erário público. Todas as despesas públicas do estado do Amazonas, quem paga é o estado através do fisco, então é um órgão que é a base de tudo. Para se ter uma ideia, a SEFAZ, o órgão que eu trabalho, há 33 anos, ela começa trabalhando para o Estado fazendo o planejamento e o orçamento, depois ela faz a captação da receita, e por fim, ela é o órgão pagador das despesas públicas, ela é um órgão completo. Então nós planejamos, arrecadamos e pagamos, e isso me dá um cabedal de informações muito grande. Nesse órgão eu ocupei durante 28 anos o cargo de gestor - 20 em Parintins e 8 fora da cidade. Então para quem foi gestor num órgão que tem a função de planejar, arrecadar e pagar, certamente tem um preparo sobre gestão pública.
Jornalismo Parintins: Por que o povo de Parintins deve confiar em você para assumir uma possível vaga de prefeito na Câmara Municipal de Parintins?
Massilon Cursino: Eu acredito que a população pode me avaliar pelo que eu já fiz por aqui, como servidor público de um órgão arrecadador, onde nós ficamos muito vulneráveis, porque quem trabalha com dinheiro público está vulnerável. Então tem que mostrar que tem ética, competência e respeito pela coisa pública.
O Estado não daria para mim 28 anos de gestão pública se não confiasse no servidor que ele tem. Então quando ele me deu 28 anos de oportunidade para ser gestor público é porque sabe que o servidor correspondeu, então eu fui testado e mais testado.
Também a minha atividade como parlamentar nesses quase três anos de mandato, além das fronteiras do órgão em que eu trabalho, a população começou a ter a oportunidade de me avaliar. E acima de tudo, o meu amor por Parintins, porque eu nasci aqui e me criei. Como todos nós temos que sair daqui uma época para estudar fora, para melhorar a sua vida e os seus conhecimentos, mas eu amo tanto que voltei a morar aqui. Aqui eu criei meus filhos, não cheguei ontem para me apropriar de algo e depois sumi de novo, não. Aqui meus pais estão sepultados, então aqui em Parintins é aquela terra que a gente tem amor e respeito.
Por: Vinícius Bellchior Bruce e Ana Cristina Ferreira Machado – ambos acadêmicos do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da Universidade Federal do Amazonas – Campus Parintins.
Vinícius Bellchior - Equipe Jornalismo Parintins
Ana Cristina Machado - Equipe Jornalismo Parintins
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